Durou três horas e meia a reprodução simulada do assassinato do promotor
de Justiça Thiago Faria Soares, realizada nesta segunda feira dia 23.12.13.
Cerca de 50 pessoas participaram do procedimento, inclusive a advogada
Mysheva Martins, noiva da vítima e principal testemunha do crime.
A delegada Josineide Confessor, que preside o inquérito, não fala sobre
prazo para concluir a investigação nem quais as principais hipóteses apuradas
pela Polícia Civil.
O perito criminal Ermindo Lopes Filho, que participou da apuração de
casos como a morte da menina Isabela Nardoni, em 2008, foi trazido pelo Grupo
Nacional de Combate a Organizações Criminosas para acompanhar a reprodução
simulada.
A simulação começou na casa de Mysheva, na cidade de Águas Belas. Junto
com o noivo, eles saíram pela BR-423, sentido Iati-PE, em direção à fazenda que
a advogada arrematou em leilão judicial.
No local, morava José Maria Pedro Rozendo Barbosa, que seria o mandante
do crime, de acordo com a investigação.
Na casa da fazenda, Mysheva teria descido do carro para pegar um
documento. Essa informação de que o casal parou na fazenda antes de seguir para
Itaíba-PE,
foi revelada somente agora.
A reprodução aponta que, depois dessa parada, o casal voltou para o
centro de Águas Belas-PE.
O promotor Tiago Faria desceu na casa da noiva e entregou a uma pessoa o
documento que estava na fazenda.
Depois de passar pela feira livre da cidade, o casal parou de novo,
desta vez no escritório de Mysheva. Nesse local, o tio da advogada entrou no
carro.
Os três seguiram pela PE-300, no sentido de Itaíba-PE, e foram
perseguidos por um carro.
O homem que estava no banco de trás desse do veículo atirou com uma
espingarda cal. 12, acertando o promotor.
Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela
também saiu do veículo e andou pelo acostamento.
Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes,
antes de deixar o local do crime, um carro que passava pela rodovia parou e
ajudou Mysheva.
Na fazenda que fica do outro lado do acostamento, uma testemunha escutou
os tiros, essa pessoa, um agricultor, também participou da simulação, mas
informou que não conseguiu ver quem atirou.
Preparativos para a encenação
A ideia era reproduzir o mais fielmente possível todas as circunstâncias do crime, ocorrido no dia 14 de outubro deste ano, para esclarecer dúvidas da investigação. A advogada Mysheva Martins chegou logo cedo para a encenação, mas, por volta das 10h, saiu da delegacia com o pai e a mãe para ir em casa trocar de roupas e voltar, por orientação da polícia, a recomendação é que todos estejam o mais parecidos possível com o dia do crime.
Por volta das 9h, chegou ao local da reprodução simulada Edmacy Cruz Ubirajara, suspeito de matar o promotor. Ele estava acompanhado de dois advogados. A polícia propôs que ele ficasse no carro usado pelos matadores para ver se Mysheva conseguiria identificá-lo desse ângulo de visão.
A ideia era reproduzir o mais fielmente possível todas as circunstâncias do crime, ocorrido no dia 14 de outubro deste ano, para esclarecer dúvidas da investigação. A advogada Mysheva Martins chegou logo cedo para a encenação, mas, por volta das 10h, saiu da delegacia com o pai e a mãe para ir em casa trocar de roupas e voltar, por orientação da polícia, a recomendação é que todos estejam o mais parecidos possível com o dia do crime.
Por volta das 9h, chegou ao local da reprodução simulada Edmacy Cruz Ubirajara, suspeito de matar o promotor. Ele estava acompanhado de dois advogados. A polícia propôs que ele ficasse no carro usado pelos matadores para ver se Mysheva conseguiria identificá-lo desse ângulo de visão.
O advogado de defesa Anderson Flexa disse que seria uma contradição ele
participar, já que Edmacy alega que não estava nem presente na hora do crime.
Edmacy levou ao local o agricultor aposentado Alfredo Ferreira Melo, 65 anos,
este homem contou à polícia que estava no carro de Edmacy no dia do crime e
garantiu que em nenhum momento o suspeito saiu de perto dele. Eles teriam ido
de Águas Belas para uma fazenda no povoado de Santa Rosa, onde Edmacy mora.
Edmacy foi liberado antes das 10h.
Cerca de 50 pessoas participaram da operação, entre policiais militares,
civis e peritos.
Josineide Confessor, delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), preside o inquérito, auxiliada pelo delegado Salustiano
Albuquerque, chefe da seccional do Agreste do DHPP. Representantes do
Ministério Público de Pernambuco também acompanharam tudo: os promotores
Ricardo Lapenda, Marcelo Grenhalgh e Epaminondas Tavares.
Por volta das 10h30, policiais militares saíram da delegacia e foram
para a PE-300, local do crime, para isolar a área - uma barreira de 200 metros
foi montada para que ninguém chegasse perto do local.
Um carro modelo Santafé, igual ao do promotor, foi alugado pelo MPPE
para ser usado na reprodução simulada.
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