Pintar unhas e cabelos pode trazer sérios danos à saúde.
Pintar unhas e cabelos são atividades simples, mas que podem trazer sérios danos à saúde. Para impedir a circulação de produtos de beleza que podem causar problemas aos usuários, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) vem reforçando a fiscalização. Atualmente, 12 indústrias que produzem cosméticos em Pernambuco estão interditadas. Essas empresas tiveram a atividade paralisada por não apresentarem controle de qualidade, não terem um técnico responsável pelo manuseio das substâncias e por não conseguirem rastrear a mercadoria comercializada.
De acordo com o chefe do Setor de Medicamentos e Produtos da Apevisa, Maryson Bezerra, sem respeitar as regras de produção, o fabricante coloca a vida dos usuários em risco por vários fatores. “Sem o controle de qualidade, não temos a garantia que o produto atende as especificações. Sem rastrear a mercadoria, não temos como saber quando e onde foi fabricado o cosmético. E sem o técnico não podemos confiar nas informações contidas nos rótulos”, explicou.
Apesar das 12 empresas terem sido interditadas, ninguém que usou os produtos feitos por elas procurou a Apevisa para relatar danos à saúde. “Não temos conhecimento de problemas causados aos clientes dessas indústrias. Eles podem ter ocorrido, mas esses casos são, normalmente, sub-notificados por falta de esclarecimento dos usuários”, disse Maryson Bezerra. Caso os consumidores tenham reclamações a fazer ou possuam dúvidas sobre a procedência de determinado cosmético, devem alertar a agência estadual pelo telefone: (81) 3181-6266.
Em Pernambuco, apesar dos problemas com as 12 empresas, existem mais de 40 indústrias corretas, cadastradas na Apevisa, e autorizadas a produzirem cosméticos. Por causa delas, Maryson acredita que o Estado fabrica itens de qualidade. “Os produtos são confiáveis, desde que atendam aos pré-requisitos de fabricação”, explicou.
Esses pré-requisitos se tornaram ainda mais rigorosos este mês, quando uma nova resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entrou em vigor. Faz parte das boas práticas de fabricação e controle de cosméticos a validação de processos de fabricação e das metodologias de análise de controle de qualidade e o rigor na capacidade de rastrear a distribuição da mercadoria. Além desses itens, a nova norma aumentou a exigência como registro dos produtos nas agências reguladoras
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