
A partir desta quinta-feira dia 20 de março de 2014, a conta de água dos
pernambucanos passará a ser reajustada em 8,75%, conforme autorização da
Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) dada à Companhia Pernambucana de
Saneamento (Compesa).
A validação deste aumento foi homologada, com a divulgação no Diário
Oficial, no dia 06 do mês passado, como indica a legislação.
Este incremento incide nos serviços de água e de coleta e tratamento de
esgotos sanitários em todo o Estado.
Na avaliação da Arpe, o percentual
necessário para compensar a receita não coberta pela tarifa seria de 11,01%.
Entretanto, a população não vai arcar
com a ineficiência da Compesa. Sendo assim, da alíquota total, a Companhia irá
se responsabilizar pelos demais 2,26%, através do esforço operacional para
reduzir as perdas de água (1%) e a exploração dos serviços básicos (1,26%),
como os gastos com energia elétrica. Já o restante, será compensado na tarifa
dos usuários.
No pleito, a Compesa havia solicitado
um reajuste tarifário de 15,44%. Mas não foi autorizado porque, segundo a Arpe,
o percentual impactaria na execução de obras e serviços em planejamento.
Para chegar ao percentual, a Agência
levou em consideração o volume de investimentos realizado pela Companhia desde
o ano de 2009 (quando houve o último reajuste quadrienal) até o fim de 2013.
Entre os investimentos do período,
destacam-se o Sistema Adutor de Pirapama, as intervenções de esgotamento
sanitário realizadas nos municípios de Moreno e Ipojuca e a Adutora do Oeste,
que abastece 11 cidades do Sertão do Araripe.
Em oposição a isso, o deputado
federal Eduardo da Fonte disse que com a redução da receita e com o deficit, a
Compesa vem reajustando a tarifa de água e esgoto com índices cada vez maiores,
inclusive acima da inflação.
Segundo ele, o reajuste de 2014 será
de quase 50%. “Primeiro que a conta de água tem subido acima da inflação, o que
em 2012 disseram que não iria acontecer. Isso já começa a comprometer o poder
aquisitivo e a renda familiar”.
Além de querer buscar explicações
sobre este aumento, Eduardo da Fonte e o também deputado Roberto Teixeira
querem que a Compesa preste esclarecimentos, em uma audiência pública marcada
para daqui a 15 dias, sobre o modelo criado pela Parceria Público Privada (PPP)
do saneamento.(folhape).
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